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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Formação de Adultos


Portugal continua a apresentar baixos níveis de qualificação da população activa, devido aos elevados níveis de abandono e de saída escolar precoce. Apesar do significativo esforço para elevar a qualificação da população, Portugal permanece distante dos níveis de qualificação dos países mais desenvolvidos, não ficando deste modo asseguradas as condições necessárias ao seu desenvolvimento, no contexto de uma economia global cada vez mais baseada no conhecimento.

De acordo com este cenário, torna-se importante encontrar soluções inovadoras no plano dos objectivos, nos modos de organização e nos meios utilizados, para superar as dificuldades e conseguir aumentar as competências dos portugueses e os seus níveis de qualificações.

Nas Conferências Internacionais de Educação de Adultos são debatidas as grandes directrizes e as políticas globais da Educação de Adultos. No decorrer destas conferências são demonstradas as mudanças de percceção da Educação de Adultos, desde a alfabetização à aprendizagem ao longo de toda a vida, na qual a Educação de Adultos é vista tanto como parte do continuum da educação.

A Educação de Adultos é definida como um conjunto dos momentos de formação de carácter formal e informal presente no trabalho e na vida quotidiana. O objectivo deste campo educativo vai além dos sistemas de ensino e de formação profissional tradicionais para se projectar na própria realização individual dos sujeitos.

Em Portugal compete ao Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) qualificar a população activa, de modo a promover as competências necessárias ao desenvolvimento pessoal, a possibilitar a progressão escolar e profissional das pessoas e favorecer a modernização das empresas e da economia. O SNQ apresenta entre vários objectivos:

a) Elevar a formação base da população activa, possibilitando a sua progressão escolar e profissional;

b) Promover uma oferta formativa diversificada, no contexto da promoção da aprendizagem ao longo da vida, geradora de qualificações baseadas em competências;


c) Reforçar e consolidar o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (Art.º 2 - Dec. Lei n.º 396/2007 de 31 de dezembro), de forma a promover, por razões de justiça social e por imperativos de desenvolvimento, novas oportunidades de qualificação das pessoas desempregadas e inseridas no mercado de trabalho.