A situação actual dos jovens portugueses
com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos face à educação/formação e emprego,
constitui um problema social e uma prioridade para as políticas
públicas. Em Dezembro de 2014, cerca de 3 em cada 10 jovens encontrava-se
desempregado, de acordo com o Eurostat.
“As inserções profissionais intermitentes,
a alternância entre períodos de trabalho e períodos de educação/formação,
precariedade prolongada dos vínculos laborais, recurso a modalidades informais
de formação ou de autoemprego” (Rowland, Ferreira, Vieira, & Pappámikail, 2014,
p. 2), apresentam-se como causas da recessão económica que atingiu o país desde
2009 e traduzem-se em barreiras que os jovens enfrentam no acesso ao emprego.
O conceito NEEF (nem em emprego, nem em educação ou formação) define “a população dos 15 aos 24 anos que não se encontra
empregada ou a desenvolver qualquer actividade de educação ou formação” (Rowland
et al., 2014, p. 2).
“A taxa de NEEF permite determinar a relação entre a população de jovens de
um determinado grupo etário não empregados que não estão em educação ou formação e entre a população total de jovens do mesmo grupo etário” (Torres,
2013, p.42). O indicador da taxa de NEEF é utilizado “para medir, caracterizar
e acompanhar a evolução da vulnerabilidade dos jovens face ao mercado de
trabalho e à educação em simultâneo” (Torres, 2013, p. 42) e é divulgado a
todos os Estados-Membros da União Europeia para a definição de programas que
apostem no desenvolvimento em educação/formação e em políticas de promoção do
emprego, por parte das políticas europeias.
De acordo com Rowland et al (2014), “o risco de exposição à situação de
NEFF no percurso de vida dos jovens encontra-se, em boa medida, associada ao
grau de escolaridade obtido”.
Quanto maior for o nível de escolaridade, menor será a taxa de NEEF,
constatando-se deste modo que as qualificações representam um factor protector.
Apesar de constituírem um potencial para o país, os jovens enfrentam
diariamente inúmeras lutas: